CRIANDO

A propósito tem um fundo de verdade em cada  dinâmica, digo, tudo não é tão relativo como dizem.  A relatividade mostra uma parte de cada um. Um dia andando devagar pelas ruas saí à procura de nada procurar, sabe como quem não quer nada, não sabe o que dizer com palavras. Já aconteceu com você? Ter tantas palavras acumuladas dentro de si, no entanto, os olhares, a forma, o modo, o sorriso, o brilho, mas a fala falta, não por medo, nem por desespero.

Só faltam palavras, tendo-as dentro de si. Tantas, mais tantas formas de comunicação, entretanto, algo impede. Por que será? A rota é impedida de um modo brusco, só sabe que nada saberá em poucos segundos no mundo obscuro de palavras soltas no ar. Além do mais, existem tantas explicações com argumentos inventados, será que o ser humano fica mais confiável quando não compreende e  cria algo em sua mente? Assim, é mais fácil viver?

Criando algo incriado,( não sei se existe essa palavra) O combustível às vezes são invisíveis. Por tão  pouco tempo perdi,  partiu sem explicação, mas também, nem tudo é explicável.  Bom, gosto do cheiro de terra molhada, e você? Queria uma corneta para ampliar o som, aquele que vai tocando fino, desafinado, meio bobo, envergonhado e vai gradualmente tornado-os em potência. Uma vez ouvi uma voz meio rouca, meio lenta dizendo tenta, tenta só mais uma vez. A cada segundo vai uma resposta, uma pergunta. Queria conhecer o irreconhecível. Na mansão tem caviar, em ruas frias não tem nem água para banhar, o incrível de tudo é que muitos se contentam tendo muitos e muitos tendo nada, mas isso deveria ser inadmissível viver e morrer sem desfrutar de tantas maravilhas. A chama chama  para  a busca, a busca de si,  em um mundo de cópias idênticas saber se distinguir entre tantos iguais é conhecer o seu eu único e particular. AUTORA, MARIA MATILDE