“Saudade tem nome”, mas que nome dá? O inexplicável se aplica a explicações sem nexo. Não sei nomear significados que são significações em emoções subjetivas, lá, no fundo, me importo e muito com a saudade, ela bate suave, outras vezes fortemente, sei que o choro reprimido, talvez seja a saudade falando alto, aquele momento faltou um sorriso, uma abraço mais caloroso…
Os olhos enchendo de lágrimas.
Assim, um sinal inconsistente e um blá blá interminável.
“Saudade tem nome”, mas que nome dá? O som da chuva ecoando, os nomes dados em diversos oceanos nas divisões dos campos, as palavras somem, as imaginações são tantas, os questionamentos, as incertezas, as certezas baseadas em crenças e descrenças, o posicionamento de sair de si e olhar-se como um terceiro, faz parte da saudade.
“Saudade tem nome”, mas que nome dá?
O brilho ofuscado, satisfazer sem entender os porquês de certas datas, o fechar e o abrir a cortina, ou olhar atrás da fresta, a lâmpada mágica, faça um pedido e será atendido, o que iria pedir?
Só um?
Apenas.
Aquele quadro não faz mais parte de todo uma vida, aliás, fez parte. “Saudade tem nome”, mas que nome dá? Quando a resposta não tem mais fim, o instante se torna definitivo, as orações são canções nos ouvidos, o mudar já não é sinônimo de modificar-se, as palavras perdem razões, a ciência não tem explicação, o que pensar ou não, já não faz mais tanto sentido aqui. Além disso, a saudade tem modéstia, digo, chega na humildade.
“A saudade tem nome”, mas que nome dá? Que nome dá? Quando está escuro, vislumbra a resta sem restrição. Que nome dá? Quando o sinal fica vermelho, quando se olha no espelho e reflete tudo o que deixou, viveu, passou, que nome dá? Quando o sinal abre, a sinopse é mais interessante que o filme inteiro, quando se abri o chuveiro e água acabou de acabar. Que nome se dá? Em um sertão seco, a miséria fazendo parte da humanidade, que nome se dá? Quando o instinto instintivo é mais valente que a hombridade. “Saudade tem nome”, mas que nome dá? AUTORA, MARIA MATILDE
IMAGEM@S-ELI-REIS
O amor sempre foi difícil de comprender: nunca soube explicar de uma forma unânime em…
Que saudade de escrever de uma forma mais densa e intensa. As trivialidades vão nos …
Qual é o sentido da vida? Cada um da o significado em determinadas escalas, cada…
O seu último voo onde seria? Você iria aterrizar em que lugar, quais paisagens preferia…