Qual é a graça?

Estava sentada na ponta da cadeira. E ao meu lado direito uma pessoa, e ao meu esquerdo duas. Assim, cada uma com seus celulares em suas mãos, não olhava para nada e nem para ninguém. O ônibus balançava freneticamente e elas manuseavam tudo com um único braço.

Tinham um tremendo de um equilíbrio.

comecei a observá-las atentamente, então percebi que, as moças praticamente estavam caindo no chão. Porém, o que mais importava era rolar a tela do celular.  Todas às três o que estavam fazendo era simplesmente rolando a tela para cima e para baixo.

Daí fiz  um movimento  com os  meus olhos  dentro do ônibus e vi uma boa parte de cabeça baixa com seus celulares em suas mãos.

Então: imaginei qual é a graça olhar os  rostos em uma tela, se ao levantarmos os olhos vemos diversas em nossa frente.

Qual é a graça de  ver paisagens durante a viagem em telefones; se posso observar pessoalmente.

Como desperdiçamos tempo rindo, conversando e nos distraindo com algo longe, enquanto algo perto estamos  fingido não existir, como alguém do nosso lado, que por muitas vezes, nem desejamos um belo dia. AUTORA, MARIA MATILDEamor acabou,mas para o outro continuou.