O que você sente?
Ninguém nunca saberá a dor do outro, ou a felicidade, etc. Digo, não tem como, porque até toleramos a mesma situação, mas não somos o outro, e digo mais, podemos imaginar, concordar, assimilar e entender, no entanto, somos distintos e a nossa subjetividade comprova que somos diferentes em vários aspectos, por exemplo, eu posso ter passado por alguma catástrofe, alguma desgraça feita por outrem e o outro sujeito ter sido alcançado da mesma forma, com a mesma intensidade, ou seja, aconteceu tudo igual, todavia eu reagi de uma determinada forma e o indivíduo de outra…
Todos nós seres humanos possuímos uma capacidade extraordinária de mudar o cenário, de buscar dentro de si uma lógica surreal, quero dizer, usufruímos de extensões que nenhum outro ser usufrui, assim dizendo, animal não tem o raciocínio que irá morrer, aliás, eles desconhecem á morte. Mas, qualquer bicho pode ser adestrado, (ou quase todos) Assim, vivemos em situações que nos desafiam a todo momento, uns sentem de um jeito preciso e outros de outras maneiras, somos múltiplos, o que quero dizer, neste texto: É que existe o descontentamento, as feridas emocionais, físicas, fome, desemprego, falta de afeto, de amor dentre outros desamparos, todos nós de certa maneira passamos por situações fora do nosso alcance, episódios que jamais procuramos e outros que nós colhemos.
A vida é um tanto dura, um tanto desafiadora, somos meros personagens em uma aventura que a qualquer momento deve ser interrompida, mas também a vida nos proporciona cenários extraordinariamente excepcionais, como, o contemplar o pôr do sol, o banho do mar, conhecer o amar, enxergar o brilho dos olhos de alguém, o nascimento e o renascimento, dado que nós renascemos dia a pós dia, só depende de nós mesmo, mencionei a cima que somos dotados de potência divina, gozamos de inteligência, capacidade de mudar qualquer sistema, de construir automóveis, educar outro ser, de doar amor, de fazer alguém se reconhecer como um ser humano, de realizar sonhos, projetos, de fazer aviões, ensinar uma pessoa a ler e a escrever, de estabelecer pontes entre cada ser, conseguimos irmos adiante mesmo com acontecimentos super dolorosos, conseguimos acessar o nosso inconsciente, criamos casas, energia elétrica, celulares, internet, alimentamos povos com palavras edificantes, boas ações, alimentações, sorrisos, sinceridade nas relações, doamos o nosso tempo, a nossa visão de uma determinada situação, construímos laços, nos identificamos em uma multidão, no entanto, temos a nossa diferença.
Bom, o texto retrata a respeito das nossas dissemelhanças e a nossa semelhança, sobretudo o olhar para o outro como o outro, com suas características, seus posicionamentos, seu modo de viver desde que não fira com o jeito de viver de ninguém, o importante é sabermos nos posicionarmos perante astrosidades, entendermos as dores alheias, no entanto, ter a percepção que jamais saberemos, visto que não somos os mesmos, em outras palavras, ter empatia é a chave para ser o protagonista da vida, entender, mas nunca é saber. Quero dizer, respeitar, ter empatia são primordiais para todos nós, entretanto, é conhecer que só porque eu passei por algo igual, não significa que sinto igual e sei exatamente o que o outro sente. AUTORA MARIA MATILDE
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