O QUE PODEMOS FAZER?
“Em nossa infância as dores foram olhadas, seja para serem cuidadas ou vingadas através do conhecido “eu te disse”… E os prazeres, desprezados! Não se nomeiam as experiências de prazeres na infância. Em nossa sociedade as crianças brincam, aprontam, aprendem, provocam… não entra nessa lista o sentir, o prazer. Assim como a dor, o prazer é uma passagem pelos sentidos, de curta duração. Uma criança que cai, se machuca e sente dor, em minutos é capaz de deixar o lugar da dor, mas temos lugares para manha, birra, trauma, jogos de poder, abusos… ador passa, mas o sofrimento fica. (…)” ANA THOMAZ
Poderei fazer uma sinopse só da última estrofe, sobre a dor passar e o sofrimento continuar perpetuando em vidas.
O texto da Ana fala sobre a dor e o prazer, sendo que não vou me aprofundar em suas ideias sobre o prazer e a dor.
Contudo, irei escrever sobre a dor na infância de uma perspectiva simplista de um ponto de vista meu…
Nem todas às vezes as dores das crianças são olhadas, na maior parte é ignorada.
Em nossa sociedade as crianças são marginalizadas logo cedo: epidemia de estupros, abusos psicológicos, seus corpos sendo prematuros para o abatedouro, como fossem bezerros.
Além disso, seus brinquedos são armas feitas de paus: seus lanches são consumidos por uma boa parte dos escalões de uma sociedade, que muitas vezes fingem não ver.
Sendo assim aprende de início, que pobre não tem vez mesmo.
Então apronta suas coisas e vão vender no camelô para poder sobreviver. Por isso provoca uma verdadeira pirâmide de sofrimento constante.
Além disso muitas vezes seus sonhos são tomados pelos fora da lei, que consciente ou inconscientemente ministra seus argumentos e suas ideologias em crias em formação sem ter nenhuma instruções, seja pelos cuidadores que às vezes nem sabe o que fazer, e como fazer. Ou por uma sociedade doentia mesmo.
O que podemos fazer?
AUTORA, MARIA MATILDE