GERÚNDIO
Ao se deparar com o desconhecido o que fazer? Existe um linha tênue entre o conhecido e o misterioso. Assim, quando acontece algo do cotidiano, digo, coisas triviais, não damos tanta importância, uma vez que é conhecido. No entanto, ao adentrarmos mais profundamente verificamos que no cotidiano sempre tem o diferente, quero dizer, mesmo fazendo as mesmas coisas diariamente, nunca mais voltaremos uma escada a menos, todos os dias o que foi efetuado ontem ficou no passado, embora fique preso em nossas memórias, mas não existem mais. Logo, diariamente lidamos com o desconhecido. Sendo assim, o conhecido é uma abertura para o mistério. Ou seja, o que tenho hoje de conhecimento em termos de concretude pode tudo se torna em ventos…
A felicidade acontece em qualquer dia não precisa de dia específico, como para ser triste não é preciso ser pedinte, o amor é verbo solicito que nos instrui a todo momento, as nomenclaturas, os signos linguísticos, as dicotomias, o significado e o significante ocupa lugares distintos e igualitários dentro da gente. O cair e o levantar mostra o quanto somos dignos de aperfeiçoamento. No linguajar popular a fome e o deserto são parentes, mas em que grau? Quando saber a hora de mudar definitivamente? As cores me traz um pouco de melancolia misturada com desejo, cada uma faz-me ser apática, ou audácia em lugares diferentes. Além do mais, os animais têm um quê de mistério aquele do início do texto.As letras sempre traduzem um infinito sem fim cotidianamente. A natureza é perfeita em cada esfera, uma dimensão de um mundo novo acontecendo. O gerúndio é cansativo, o pleonasmo é viciante, já ouviste entre para dentro, Sobe para cima? Bom, quem sobe e quem entra, um dia sai e desce? Um olhar me cativa tanto, ou desaponta, só um olhar me diz tanta coisa. As línguas, digo, a fala direcionada muda uma conversa inteira. Por isso, todo trabalhador é digno do seu salário é um versículo bíblico, na escravidão ninguém lia a bíblia, ou só lia o que lhe convém? O que é mais fácil julgar, ou tentar entender embasamento tirado de contextos? Autora, MARIA MATILDE