EMPATIA
A prendi que não somos responsáveis pelo modo que os outros agem, digo, não podemos modificar o jeito que o outro aprendeu a ser, por exemplo, ninguém nasce má vamos desenvolvendo formas de nos representar. Melhor dizendo, o contexto ao qual estamos inserido vão nos caracterizando, no entanto, é uma forma visceral o sujeito ter a capacidade de mudança latente dentro de si, uma vez que fomos feitos com a percepção e a razão de moldura, ou seja, uma criança que viveu em um ambiente hostil ela tem uma crença que o amor é algo ruim, dolorido, desonesto etc, pensa que não é boa o suficiente, porque aprendeu que quem ama maltrata. O seu alinhamento com a realidade está distorcida. Ora, as suas referências foram negligentes, desumanas, não demonstraram afetos, nem tampouco compreensão.
Assim, a criança se viu apagada pelo olhar de quem precisava ser vista. Bom, ao longo do tempo a perspicácia do eu verdadeiro está extinto literalmente e se tornam muitas vezes narcisistas, com transtornos de personalidade, ou boas demais que nunca olham para si e sempre coloca os outros como prioridades, ficam reféns de um auto engano e um desamparo de si mesmo (Também quem cria gente, não dando limites, muitas vezes tornam-se em uma pessoa sem condicionamento social e pessoal, quero, dizer, pode ficar se sentindo superior, o narcisista ultra mega da história etc). Sendo assim, a responsabilidade é nossa de nos moldarmos ao longo da vida, somos hoje uma soma de tudo o que vivemos, ouvimos, lemos, vimos, realizamos enfim, por isso, importa muito o que aconteceu, entretanto, o mais importante é que vamos fazer com o que foi realizado? Logo, não somos responsáveis pelo modo que os outros agem, mas temos obrigações conosco mesmo, temos o direito de sermos livres, de agirmos com autoridade e empatia, porque somos muitas vezes empáticos com outros e esquecemos de nós?
AUTORA, MARIA MATILDE