Como a vida é inusitada. Vivemos situações extremamente fora do nosso cotidiano. Ou melhor, fora do nosso controle. Hoje faz exatamente sete dias, que meu marido estava dando uma parada cardíaca. Bem em minha frente e fomos o protagonista, se é que posso dar esse nome. Visto que não sei nem como nomear algo que foi surreal viver. Eu que nunca trabalhei com nada desse modo. Tive que fazer os primeiros socorros de meu marido. Eu que se quer fiz um curso nesse sentido. No entanto, ao me deparar com ele tão vulnerável, tão quase morto.(Nunca vi a morte tão de perto). Seus olhos revirando, sua boca abrindo e fechando, algo tão cruel de enxergar em qualquer pessoa. Imagina sendo seu companheiro de vida.
_Existem conclusões, que só vivendo para ser tão realista, no modo o qual nenhuma estrofe e nem nada simula tudo o que vivenciamos…
Meu esposo contraiu coronavírus e foram dias terríveis os quais passamos. No período o qual ele esteve doente foram três paradas cardíacas, duas não foram tão devastadoras e vi por diversas vezes ele desfalecendo em meus braços. Alguém deve estar pensando. Mas por qual motivo não levou ao médico? Poderia ter morrido em casa, sem nenhuma assistência adequada. Poderia mesmo. No entanto, ir para o hospital fazer o que? Se não existe remédio. Super lotado, estão escolhendo quem deve ser salvo ou não. Pouquíssimos médicos e diversos pacientes. Onde os familiares não podem nem ver o doente, li relato de profissionais formado em medicina dizer que os doentes pedem água, comida e a demanda é tão grande, que eles não o atendem, e passam dias sem dá um banho em seus pacientes. Os profissionais estão fazendo de tudo. Todavia, a procura pela cura é imensa. (De maneira nenhuma esse texto é uma apologia para as pessoas não ir aos hospitais, até porque quando estamos doentes a primeira coisa que fazemos é correr para uma casa de saúde).
Bom, o meu relato de hoje vai além de hospitais. Além disso, comecei o texto escrevendo sobre a vida ser inusitada. Pois, é hoje faz sete dias que estávamos lutando de frente com a morte. Ou seja, lutando para viver. Eu fazendo massagem cardíaca em seu peito, compressão com força, foram momentos difíceis, dolorosos. No entanto, hoje ele esta livre do isolamento e hoje estamos comemorando felizes. Deus sempre esteve comigo. Aliás, conosco. Como a vida é inusitada. AUTORA, MARIA MATILDE
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